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Terminou a licença de paternidade. E agora?

Ao fim de 4 a 6 semanas de vida do bebé, a licença de paternidade termina dolorosamente. Como partilhar as tarefas nocturnas quando o pai regressa ao trabalho?

Consideremos o modelo mais “tradicional”, em que a mulher fica em casa até ao fim da sua licença, enquanto o homem retoma rapidamente o trabalho ao fim de 1 a 2 meses após o nascimento da criança. Quantas vezes a mãe não tem coragem de dizer ao parceiro “agora é a tua vez”, quando o bebé desperta às 3 da manhã? Afinal, o pai trabalha e deixa de ter a possibilidade de dormir a sesta com o bebé, depois do almoço, como, por vezes, a mãe consegue.

Por outro lado, o homem quer manter-se presente, cuidar do filho e ajudar a sua parceira, porque sabe ser muito exigente cuidar de um bebé.

Como manter a entreajuda e partilhar os cuidados da criança, durante a noite? Eis as possibilidades:

 

1. Divisão semana/fim-de-semana

Esta é uma das estratégias mais utilizadas pelos casais. Assim, as noites da semana (de segunda a sexta ou de domingo a quinta) ficam a cargo da mãe, enquanto o pai descansa para estar capaz de trabalhar no dia seguinte. No final do dia, quando regressa a casa, ele pode também encarregar-se de alguma tarefa que tenha ficado atrasada durante o dia: lavar louça e/ou roupa, engomar, limpar. Já durante o fim-de-semana invertem-se os papéis e a mãe tem o seu descanso nocturno muito desejado. O pai oferece o leite materno pelo biberão ou copinho durante a noite, conforta e muda a fralda sempre que necessário.

Vantagem: O pai consegue descansar o bastante para poder trabalhar, sem problemas, durante a semana.

Desvantagem: Uma vez que o bebé passa um período de tempo continuado ao cuidado da mãe, pode resistir um pouco a ser alimentado ou adormecido pelo pai, no fim-de-semana. A mãe pode chegar ao final da semana bastante cansada, pelo que deve usar toda a ajuda disponível e usufruir da sua “tribo”.

 

2. Dias alternados

O pai e a mãe assumem o “turno da noite” em dias alternados, independentemente de ser fim-de-semana ou dia de trabalho. Regra geral, o pai (que trabalha fora durante a semana) assume 3 e a mãe (que está a casa com o bebé) 4 noites por semana.

Vantagem: A mãe não acumula tanto cansaço (durante dias seguidos). O bebé acostuma-se a ser cuidado pela mãe e pelo pai, de forma semelhante, ao contrário do que pode acontecer na opção 1.

Desvantagem: O pai passa por, pelo menos, duas noites por semana mais inquietas, o que se pode reflectir no seu desempenho no trabalho.

 

3. Turnos diários

Este arranjo implica definir intervalos de horas para cada membro do casal se encarregar das necessidades nocturnas do bebé. Vejamos um exemplo prático: a mãe dorme assim que o bebé se deita, às 20:30, e até às 23:30; de seguida, é a vez do pai ter o privilégio de dormir sem interrupções, das 23:30 às 4:30; o último turno fica a cargo do pai, até chegar a hora de se preparar para sair.

Vantagem: Esta opção permite que ambos os progenitores consigam as mesmas horas diárias de sono, cerca de 5 horas que, apesar de insuficientes, permitem ao pai manter a funcionalidade no trabalho e à mãe a disponibilidade para cuidar do filho durante o dia.

Desvantagem: Os efeitos da privação de sono manifestam-se a curto prazo porque as 5 horas não são contínuas. Além disso, implica despertares desnecessários na mudança do turno. Não esqueçamos que aqui a mãe tem a possibilidade de dormir uma sesta durante o dia mas o pai não.

 

Existe a escolha acertada? Claro que sim! A que funciona melhor para a vossa família, para a vossa rotina e dinâmica familiar. Discutam as possibilidades e comprometam-se com a estratégia mais adequada. Não é apenas o sono do bebé que deve ser uma prioridade mas também o descanso dos pais.

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