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Sono de Sonho by Verina Fernandes

Uma ajudinha para 2016, faz favor

Temos um ano inteiro pela frente e já todos levámos com a enxurrada de desejos, resoluções e planos para concretizar, de toda a gente. Tudo bem que o ano é bissexto mas, ainda assim, acho que não vai dar para fazer metade, lamento. Nós, mães, já estamos habituadas a conseguir executar uns míseros 10% de tudo o que planeamos (e ainda assim exultamos de alegria!), por isso, nem estranhamos.

Quando pedimos desejos, pensamos logo do euromilhões para cima, em grande, à escala do Cristiano Ronaldo no Dubai, certo? Mas, no outro dia, o Thiago Queiroz (que faz o favor de fazer serviço público à escala global no blogue lindo e espectacular Paizinho, Vírgula, que já muitos conhecem) perguntava no seu Facebook, em jeito intimista:

paizinho
As respostas dividiram-se em duas facções: umas pessoas pediam respeito pelas suas escolhas, pelo seu estilo de parentalidade, que é como quem diz “guarda os bitaites só para ti, num cofre fechado a sete chaves, de abertura retardada!”; e outras pediam, simplesmente, uma pequena ajuda, naquela hora que dava mesmo jeito.

Então vamos lá, neste 2016, vamos deixar de ser totós (“trengas”, como se diz no norte!) e vamos aceitar aquele panelão de sopa que a sogra quis deixar lá em casa (o tempero dela não é tão bom como o nosso? Com uns croutons, umas raspas de parmesão ou umas amêndoas tostadas por cima, até parece que foi o Chef Sá Pessoa que passou ali!)

Vamos pedir a uma amiga que tome conta da nossa criança durante uma hora, para que possamos ir ao mercado de forma tranquila (não vale passar o tempo todo a ligar para ela, para saber se está tudo bem). Os amigos são para ocasiões destas também.

Vamos deixar que avós, padrinhos, toda a família chegada também passe tempo de qualidade com os nossos filhos, sem que estejamos por perto, a controlar tudo o que façam. Umas duas horas dão para ir ao cinema, ver aquele filmaço, visitar aquela exposição espectacular que está para terminar ou, simplesmente dormir! E sejamos francas com os outros. Numa conversa aberta, podemos explicar aos avós as razões pelas quais não queremos que ofereçam doces à criança, por exemplo. Deixamos com eles um pacote com as guloseimas “aprovadas” e o assunto fica resolvido.

E é isto: para um 2016 mais feliz, basta uma ajudinha, pequena e na hora certa. Faz maravilhas. Basta pedir.

 

"É precisa uma aldeia para criar uma criança"
“É precisa uma aldeia para criar uma criança”

NOTA: Uns meses depois deste artigo, o Thiago fez um vídeo sobre esta questão, onde gentilmente mencionou um comentário meu (começa a fama!), que acho que devem espreitar:

Fonte da imagem: http://eatsleepdraw.com/post/73099482840