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Sono de Sonho by Verina Fernandes

O primeiro dia do resto da minha vida

Sono de Sonho by Verina FernandesTodos os dias tenho Mães e Pais que partilham comigo as suas dúvidas e também as alegrias que só um filho muito amado pode trazer. E é impossível para mim não dar de volta um pouco da minha experiência pessoal como Mãe, independentemente das orientações mais técnicas que transmito. Foi justamente o meu filho que me trouxe este projecto de vida do Sono de Sonho, que me inspirou e que me ensinou (e continua a ensinar) a ser melhor Mãe, a cada dia que passa.

Como estes são os primeiros dias de vida deste sítio onde quero muito mostrar um pouco daquilo que faço, vou confidenciar a angústia que senti, nos também primeiros dias de vida do meu filho, por ele não conseguir dormir bem durante a noite. Não falo de expectativas surrealistas: não esperava que o meu bebé dormisse 8 horas seguidas que fossem! Mas na segunda noite, no hospital, a cada meia hora ele acordava, com o choro tímido de um recém-nascido. Mantive-me serena. Estava consciente da minha inexperiência mas fiz uma boa preparação para o parto e estava segura de que o simples facto de ser a Mãe daquele bebé me dava condições inatas para ser o seu porto seguro.

Mas a terceira e última noite no hospital preparava-se para repetir a saga da anterior. Só sossegava ao meu colo. A amamentação não estava em causa, que ele, felizmente, nasceu logo com imenso jeito para se alimentar! A enfermeira de plantão sugeriu-me o líquido açucarado para atenuar eventuais cólicas, sem qualquer resultado evidente. A determinada altura, disse para mim mesma “és a Mãe, por isso deixa de pensar no que os especialistas e os calhamaços possam dizer e segue o teu instinto”.

“Colei” o berço à minha cama, puxei o meu bebé para mim o mais que pude, entrelaçando os meus braços por entre as barras, e dormimos o resto da noite bem juntinhos e sossegados.
Esse momento foi uma epifania! Sempre fui uma mulher racional, das ciências, de métodos optimizados, e estar ali, com um bebé nos braços, com toda aquela avalanche emocional de um amor maior e da angústia pelo bem-estar do meu filho, e deixar-me levar pelo que o meu mais profundo “eu” me dizia mudou a minha postura para todo o sempre.
É por tudo isto, sentido na primeira pessoa, que digo a todas as Mães e Pais com quem me cruzo para deixarem os instintos virem à tona, para que possam ser os Pais que querem ser e não os Pais iguais aos outros.
Os nossos filhos são mesmo nossos e vão sempre inspirar o melhor de nós, só temos de nos deixar levar, desde o primeiro dia.